quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Releio


Releio os versos que escrevi,
mudo os poemas de lugar,
folheio livros que já li
e sei que ainda há muito para escrever.
Tomo o gosto ao som das palavras,
tacteio a textura das cores
e viro-me para o papel sem sinais
onde quero escrever AMOR
com outras cores e sons.
A espera recomeça
e chega-me o eco das palavras
que todos já escreveram.
Afinal só falta escrever nada
ou tudo outra vez
com a voz a tremer
porque o poema é o pulsar da alma.

Sem comentários: