domingo, 30 de julho de 2006

Quando ...


Quando as palavras secam na garganta,
no momento exacto de as dizer
parecem rochas encrustadas na terra
impossíveis de as moldar.
Fico na impotente ansiedade
como náufrago, sem gritar.
Sei como são cruéis
e tiranas as palavras
que se recusam a pronunciar-se
naquele exacto momento
em que mais são precisas.
Quando me acontece contigo
substituo-as pelo olhar
e as mãos dizem o resto.

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Escaladas


Há montanha
Que não desejo escalar
Apenas observar
Me apropriar
de sua beleza e imponência
Há rochedos
Que quero transpor
Encontrar o lado de lá
Conhecer e escolher
Meu contínuo devir de ser

Autora: Maria Angélica (4/04/2006)