terça-feira, 29 de agosto de 2006

Ouço ...


Ouço bater- é ela certamente
Que se arrepende e volta numa prece!
Ouço bater. Nao abro, não merece...
Pois que fique a bater eternamente!

A chuva cai frenética, docemente
O vento chora e, em gritos enraivece,
Tudo cá dentro escuta e estremece
Não abro não. Mentiu e ainda mente.

Não devo abrir!...Bem sei que não devia...
Mas a noite, meu Deus, está tão fria!
E se ela morre, ao abandono, assim?!

Vou abrir. Vou terminar meu tormento,
Ninguém, meu Deus, ninguém! Foi o vento,
Tragicamente a escarnecer de mim!...

Poesias de OLAVO BILAC

3 comentários:

Anónimo disse...

Bonito poema este de Olavo Bilac.

MEU DOCE AMOR disse...

Olá Maria:muito obrigada pela tua visita.É certo o que dizes sobre esse Paraíso.Só conheço S.Miguel,Sta Maria,Pico e Faial.Mas tenho grande esperança de vos visitar brevemente.E gostava de conhecer todas as outras Ilhas....pois são todas muito belas e diferentes.Tenho um grande carinho pelos Açores e pelos Açoreanos.Fui muito bem tratada aí.

Um beijinho doce
Virei com mais calma para ver teu blog com pormenor

Doceando

Anónimo disse...

I love it, great poem .Thank you D C