segunda-feira, 22 de maio de 2006
domingo, 21 de maio de 2006
Hino Santo Cristo dos Milagres

Glória a Cristo, Jesus, glória eterna,
Nosso Rei, nossa firme esperança,
Soberano que os mundos governa
E as nações recebem por herança.
Com o manto e o ceptro irrisório,
Sois de espinhos cruéis coroado,
Rei da dor, uma vez, no Pretório,
Rei de amor, para sempre adorado.
Combatendo, por vossa Bandeira
Que, no peito, trazemos erguida,
Alcançamos a paz verdadeira
E a vitória nas lutas da vida.
Só a vós, com inteira obediência
Serviremos com firme vontade,
Porque em Vós há justiça e clemência
Porque em Vós resplandece a verdade.
Concedei-nos, por graça divina,
Que sejamos um povo de eleitos,
Firmes crentes na Vossa doutrina,
Cumpridores dos Vossos preceitos.
Publicado por
Maria
às
11:22:00 da tarde
sábado, 20 de maio de 2006
Mar Ciumento!
Olhando o céu cinzento
Que cobria o mar revolto
Entre a neblina vislumbrei
Aquele que muito amei
Logo após o aquele encontro.
Ao longe o mar bravio
Suas grandes ondas levantava
Batendo forte nas rochas,
Com um ciúme embravecido
De não me poder abraçar
E com ele
Para sempre me levar.
Lado a lado contemplámos
Aquela linda paisagem
De um mar tempestuoso
Que marcou nossa “viagem”
E nosso primeiro encontro amoroso.
Na praia daquele mar
Passeámos com a ilusão
De que nunca irá acabar
Esta tão louca paixão.
Autora: Natália Vale
17.08.2004
Que cobria o mar revolto
Entre a neblina vislumbrei
Aquele que muito amei
Logo após o aquele encontro.
Ao longe o mar bravio
Suas grandes ondas levantava
Batendo forte nas rochas,
Com um ciúme embravecido
De não me poder abraçar
E com ele
Para sempre me levar.
Lado a lado contemplámos
Aquela linda paisagem
De um mar tempestuoso
Que marcou nossa “viagem”
E nosso primeiro encontro amoroso.
Na praia daquele mar
Passeámos com a ilusão
De que nunca irá acabar
Esta tão louca paixão.
Autora: Natália Vale
17.08.2004
Publicado por
Maria
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6:20:00 da manhã
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sexta-feira, 19 de maio de 2006
Melancolia

Entrei no claustro: a fonte, como dantes,
Na bacia de mármore cantava
- Mas um vasto silêncio amortalhava
O triste casarão sem habitantes.
Irrompia do solo, vicejantes,
Flores silvestres, musgos, erva brava.
Esse convento morto transportava
Meu espírito a épocas distantes.
“Bons monges, acordai!”, com voz plangente
Exclamo então no claustro adormecido,
Que os séculos ungiam de tristeza.
Porém o meu apelo veemente
Só responde, num salmo dorido,
A aflita voz do vento que ali reza…
Autor: Roberto de Mesquita
(sob o pseudónimo de Diatribe, em 1922)
Publicado por
Maria
às
6:51:00 da tarde
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quarta-feira, 17 de maio de 2006
A minha casa...
Quando à tarde regresso à minha casa,
De espirito turvado pela vida,
Parece que me acolho sobre uma asa,
Que se abre para mim compadecida...
Queda-se então minha alma comovida,
Olhando na lareira o lume em brasa...
Um silêncio de nave recolhida,
Como gosto da paz da minha casa!...
A porta aberta àquele que vier,
E que, de alma lavada me trouxer,
A " Voz de Deus" em sua companhia...
Ao meu sabor aqui criei um mundo,
Que dia a dia, sinto mais profundo,
Nesta graça do céu que me alumia!...
De espirito turvado pela vida,
Parece que me acolho sobre uma asa,
Que se abre para mim compadecida...
Queda-se então minha alma comovida,
Olhando na lareira o lume em brasa...
Um silêncio de nave recolhida,
Como gosto da paz da minha casa!...
A porta aberta àquele que vier,
E que, de alma lavada me trouxer,
A " Voz de Deus" em sua companhia...
Ao meu sabor aqui criei um mundo,
Que dia a dia, sinto mais profundo,
Nesta graça do céu que me alumia!...
Autor: Raposo de Lima
Publicado por
Maria
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12:38:00 da tarde
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domingo, 7 de maio de 2006
A Concha
A minha casa é concha. Como os bichos
Segrequei-a de mim com paciência:
Fachada de marés, a sonho e lixos,
O horto e os muros só areia e ausência.
Minha casa sou eu e os meus caprichos.
O orgulho carregado de inocência
Se às vezes dá uma varanda, vence-a
O sal que os santos esboroou nos nichos.
E telhados de vidro, e escadarias
Frágeis, cobertas de hera, oh bronze falso!
Lareira aberta ao vento, as salas frias.
A minha casa... Mas é outra a história:
Sou eu ao vento e à chuva, aqui descalço,
Sentado numa pedra de memória.
Autor: Vitorino Nemésio
In "Poesia (1935-1940)"
Segrequei-a de mim com paciência:
Fachada de marés, a sonho e lixos,
O horto e os muros só areia e ausência.
Minha casa sou eu e os meus caprichos.
O orgulho carregado de inocência
Se às vezes dá uma varanda, vence-a
O sal que os santos esboroou nos nichos.
E telhados de vidro, e escadarias
Frágeis, cobertas de hera, oh bronze falso!
Lareira aberta ao vento, as salas frias.
A minha casa... Mas é outra a história:
Sou eu ao vento e à chuva, aqui descalço,
Sentado numa pedra de memória.
Autor: Vitorino Nemésio
In "Poesia (1935-1940)"
Publicado por
Maria
às
9:39:00 da tarde
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quarta-feira, 3 de maio de 2006
terça-feira, 2 de maio de 2006
segunda-feira, 1 de maio de 2006
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