quinta-feira, 12 de abril de 2007

Depois da chuva

Abre a janela, e olha!
Tudo o que vires é teu.
A seiva que lutou em cada folha,
E a fé que teve medo e se perdeu.
Abre a janela, e colhe!
É o que quiser a tua mão atenta:
Água barrenta,
Água que molhe,
Água que mate a sede...
Abre a janela, quanto mais não seja
Para que haja um sorriso na parede!

Autor: Miguel Torga

12 comentários:

Maria disse...

"Não tenhas medo, ouve:
É um poema
Um misto de oração e de feitiço...
Sem qualquer compromisso,
Ouve-o atentamente,
De coração lavado.
Poderás decorá-lo
E rezá-lo
Ao deitar
Ao levantar,
Ou nas restantes horas de tristeza.
Na segura certeza
De que mal não te faz.
E pode acontecer que te dê paz..."

Gosto muito dos poemas dele

beijinho
Maria

o alquimista disse...

Na noite tudo se perde nos labirintos do silêncio...mas é na noite que acontece a magia, a dança da paixão da eterna maresia...

Mágica noite


Doce beijo

Xuinha Foguetão disse...

:)

Beijos

Cláudio disse...

Demasiado belo para quem aplaude as avé marias foleiras da palavra e do canto. Torga era ateu como a água barrenta que molha e mata a sede...

Pobre Torga...

Aprendiz de Viajante disse...

Porque a nossa amizade já ultrapassou a blogosfera, tens uma nomeação no meu blog! Passa por lá!

Um bjinho

Tozé Franco disse...

Obrigado pela visita.
Não sei como conseguiram identificar as Furnas. Nada levava a isso. eh!eh!eh!
Excelente escolha literária. Tive o prazer de o conhecer pessoalmente no restaurante que pertencia oa meu pai e que Miguel Torga frequentava, mesmo junto ao Hotel Astóra que está numa fito de um outro blogue.
Um abraço e voltarei.
P.S.: já estive em S. Miguel, Terceira e Pico e a sensação que tive é que o paraíso não deve ser muito diferente.

Isabel José António disse...

Querida Amiga Maria,

Venho dizer-lhe que este post com um poema do Miguel Torga, está um regalo. Parabéns.

Replicaria com algo assim:

Abre teus olhos e VÊ!
Mas olha com atenção,
É que aquilo que se lê
Vê-se melhor com o coração!

Presta atenção a tudo:
O Céu, o mar, o ar, a Natureza
Além daquilo que vês, há contudo
Muito mais com tanta subtileza

Abre a janela do teu SER interior
Ouve o cântico de todas as aves!
Aspiro o perfume duma bela flôr
Trazidos pelas brisas tão suaves

E sabe uma coisa apenas! Uma só!
Tu és UNO com todos os SERES
És uma pequena partícula, um pó
Os olhos da alma têm saberes

Parabéns.

Um abraço

José António

PS.:
Ultrapassada que foi mais uma dificuldade do sistema, venho anunciar que os nossos blogues têm novos posts, com excepção do último da lista.

mariabesuga disse...

Abre a janela e deita lá para fora os sorrisos!
Terão retorno...

Um beijo

Chama Violeta disse...

Vim agradecer a visita e deixar registrado que gostei do teu cantinho!!!
Beijinhos de luz!!!

solmariense disse...

Achei muito bom este blog, por isso coloquei um link para voltar mais vezes. Parabéns pelo trabalho.

ju disse...

Bonito este poema de Miguel Torga. Boa selecção a tua.

guida disse...

muito boa a escolha da foto e do poema!!!!!!
Beijos
Guida